Desertos
Os desertos cobrem cerca de 31 milhões de km² da superfície
terrestre. A maior parte dessa área está compreendida na região do Saara e
cerca de 2,6 milhões de km² se acham no deserto do centro da Austrália, que é
menos conhecido, porém maior que o deserto arábico.
Eles possuem índices pluviométricos baixíssimos: menos de
100 mm de chuva anuais nas porções hiperáridas, menos de 250 mm nas partes
áridas e entre 250 mm e 500 mm nas regiões semi-áridas. A grande maioria dos
desertos do mundo é quente, mas existem também alguns desertos frios. Podem ser
de dunas de areia, como o Takli Makan, no norte da China; de montanhas
rochosas, como Gobi, situado entre a Mongólia e o nordeste da China; ou mistos,
formados por uma combinação de dunas e montanhas. São poucas as espécies
animais e vegetais adaptadas à escassez de água. Entre os animais destacam-se
alguns mamíferos – como o camelo –, répteis e aracnídeos. Os tipos de vegetação
mais freqüentes nas áreas desérticas são as estepes e a caatinga.
Desertos quentes– Caracterizam-se pelos contrastes térmicos
entre o dia, extremamente quente, com temperatura que pode atingir mais de
50°C, e a noite, bastante fria em virtude da baixa umidade relativa do ar e da
irradiação do calor para a atmosfera.
O Saara e o Kalahari, concentra-se ao longo dos trópicos de
Câncer, no hemisfério norte, e de Capricórnio, no hemisfério sul. Essas regiões
são propícias à aridez porque se localizam em zonas de alta pressão, onde o ar
permanentemente seco impede a ocorrência de chuva.
Já os desertos costeiros, como o da Namíbia e o Atacama, se
originam da presença de correntes oceânicas frias, que inibem as precipitações.
Há também desertos próximos das cadeias montanhosas, que retêm a umidade,
impedindo as precipitações.
Desertos frios – Apresentam temperatura média anual inferior
a 18°C. Resultam dos mesmos fatores que originam os desertos quentes, mas são
frios porque se localizam em regiões de média latitude (entre 40°C e 60°C). A
aridez da Patagônia (sul da Argentina) e do deserto de Gobi, por exemplo,
decorre da existência de cordilheiras. No caso de Gobi, a continentalidade, ou
seja, a distância dos oceanos, também contribui para a falta de chuva.
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